Cracolândia

Conheço uma boa parte da Cidade de São Paulo, até por obrigação por ser Paulista [meu!]. Perdi a conta de quantas vezes percorri as Ruas "chiques" e outras nem tanto assim. O Centrão velho de guerra é um lugar nostálgico, mas confesso que há menos de um mês fiquei muito assustado e indignado ao passar pela famigerada Cracolândia.

Infelizmente constatei, repito: assustado e com medo, pessoas como zumbis perambulando de um lado para o outro a procura de drogas e isso em plena luz do dia, a cena fez-me lembrar Mad Max (1979 com Mel Gibson).

Esse é o motivo de colar aqui no Blog um resumo da História desta região, outros lugares estão passando por situação tão degradante e triste como essa, é preciso refletir e agir, procurar a melhor solução para um problema que é nosso, pois fazemos parte deste contexto.

Cracolândia (por derivação de crack) é uma denominação popular para uma região no centro da cidade de São Paulo, nas imediações avenidas Duque de Caxias, Ipiranga, Rio Branco, Cásper Líbero e a rua Mauá, onde historicamente se desenvolveu intenso tráfico de drogas e meretrício. [1]

Recentemente, a Prefeitura de São Paulo lançou um programa denominado Nova Luz para promover a reconfiguração e requalificação da área. Entre as medidas propostas, destaca-se a renúncia fiscal referente ao IPTU, visando estimular a reformas de fachadas dos imóveis de valor venal inferior a R$ 300 mil. [2]

Desde 2005, a prefeitura fechou bares e hotéis ligados ao tráfico de drogas e à prostituição, retirou moradores de rua e aumentou o policiamento para inibir o consumo de drogas no local. Centenas de imóveis foram declarados de utilidade pública, em uma área de 105 mil metros quadrados, e devem ser desapropriados. O objetivo do programa é tornar a área atrativa a investimentos privados, abrindo espaços para empresas do setor imobiliário.

Críticos do programa, no entanto, assinalam o seu caráter higienista, destacando que a recuperação de edifícios, praças, parques e avenidas não é acompanhada de ações voltadas aos grupos mais vulneráveis que vivem ou trabalham na área - que estão sendo sumariamente expulsos. Os sem-teto são retirados, o trabalho dos catadores de material reciclável é dificultado e os usuários e dependentes de crack (muitos dos quais crianças e adolescentes), impedidos de se reunir no local, são obrigados a perambular pelos bairros vizinhos, em bandos, sem rumo. [3].

Apesar da idealização criada pela Prefeitura e pelo Governo do Estado, a região continua sendo cenário de homicídios,de tráfico de drogas à luz do dia, bem como de abuso de menores.

Viciados em crack reunidos no local onde funcionava uma antiga rodoviária.
Durante o final da década de 1960, com o surgimento do chamado cinema marginal, houve um crescente desenvolvimento da atividade cinematográfica nesta região da cidade. Diversas produtoras e alguns cinemas lá surgiram nesta época.

A Boca do Lixo pode ser considerada o berço do cinema marginal, de diretores como Rogério Sganzerla, Ozualdo Candeias e Júlio Bressane, entre outros. Os filmes marginais, ligados à Boca, eram sempre permeados de muita sexualidade e escracho. Durante a década de 1980, essa produção intensificou o teor sexual e entrou no período que ficou conhecido como a fase da pornochanchada. A Boca foi responsável por mais de 700 títulos nesta época. [4] [5]

Referências

   1. ↑ Carta Maior, 31 de maio de 2009. Cracolândia: Ensaio sobre a barbárie, por Eduardo Zidin.
   2. ↑ Folha Online, 31 de maio de 2007. Estabelecimento que reformar fachada terá isenção de IPTU, confirma Kassab, por Renato Santiago.
   3. ↑ Carta Maior, 24 de janeiro de 2006 Direito à cidade: Movimentos reagem à política de limpeza social no centro de SP, por Fernanda Sucupira.
   4. ↑ Jornal O Debate 9 a 16 de fevereiro de 2007. Morre Ozualdo Candeias, o papa do cinema marginal,por Carlos Juliano Barros e Laura Lopes.
   5. ↑ Repórter Brasil, 2004. A Boca do Lixo ainda respira

http://pt.wikipedia.org/wiki/cracolandia

Comentários

Anônimo disse…
A solução é simples basta demolir esta parte da cidade e construir novos predios modernos e de alta tecnologias, que teremos outros tipos de pessoas e drogas que não sejam tão explicitas como o crack porque des do principio da humanidade que as drogas são consumidas e não é agora que vai acabar.
Respeito sua opinião e em certo ponto faz sentido, creio ainda que a modernização deste local faria sentido em segunda plano. Mas, o problema ali e de outras Cracolândias, não é de estética ou modernização e sim, de Saúde Pública.

Grato pela visita.